Justiça determina prisão de Gusttavo Lima por envolvimento em esquema investigado pela Operação Integration

Sertanejo está sendo acusado de ligação com lavagem de dinheiro e jogos ilegais, investigação que também envolveu a advogada Deolane Bezerra

A Justiça de Pernambuco decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão preventiva de Gusttavo Lima, um dos maiores nomes do sertanejo no Brasil, no âmbito da Operação Integration, a mesma que recentemente prendeu a advogada Deolane Bezerra. A operação investiga um vasto esquema de lavagem de dinheiro e atividades relacionadas a jogos ilegais, com movimentações financeiras que ultrapassam os R$ 3 bilhões.

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A decisão foi assinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Ela acatou o pedido da Polícia Civil, negando a solicitação do Ministério Público, que sugeria medidas cautelares em substituição à prisão preventiva. Um ponto chave na investigação foi o uso da aeronave de Gusttavo Lima, que teria transportado um casal de investigados, José André e Aislla, em uma viagem internacional, reforçando as suspeitas de envolvimento do cantor.

De acordo com a magistrada, ao oferecer suporte logístico para os foragidos, o sertanejo demonstrou desprezo pela Justiça, o que, somado à sua intensa ligação financeira com os investigados, aponta para uma possível participação ativa no esquema criminoso. A empresa Balada Eventos e Produções LTDA, de propriedade de Lima, também está sendo acusada de ocultar quantias milionárias originadas de operações ilícitas. Em apenas dois meses, a empresa teria recebido mais de R$ 9,7 milhões oriundos de transações suspeitas.

Posicionamento de Gusttavo Lima e defesa

A defesa de Gusttavo Lima, por meio de nota oficial, declarou que a decisão da Justiça é completamente contrária aos fatos apresentados até o momento. O cantor afirma estar colaborando com as investigações e que confia que sua inocência será comprovada. Segundo a defesa, as acusações não têm fundamento legal, e medidas jurídicas estão sendo tomadas para reverter a decisão.

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A nota ainda reforça que o cantor e suas empresas não têm qualquer envolvimento com atividades ilegais e que os autos do processo correm em segredo de justiça, o que impossibilita maiores esclarecimentos públicos sobre o caso.

Apreensão do avião do cantor

Além da prisão decretada, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu o avião de Gusttavo Lima no início de setembro. A aeronave, avaliada em cerca de R$ 38,8 milhões, foi recolhida enquanto passava por manutenção em um hangar de Jundiaí, no interior de São Paulo.

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Segundo informações divulgadas, o jato pertence à Balada Eventos e Produções LTDA, mas a defesa de Lima alega que a aeronave já havia sido vendida para outra empresa, a J.M.J Participações, aguardando apenas a conclusão da transferência no registro da Anac.

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